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Desmistificando Inteligência Emocional

O ponto que quero contar aqui, é que inteligência emocional é uma capacidade que pode ser desenvolvida e praticada. É preciso desmistificar o conceito de que só pessoas extremamente “bem resolvidas” conseguem colocar essa capacidade em uso no dia a dia.

Primeiro vamos separar os conceitos e compreender o que cada um significa.

 Inteligência e Emoção

 Inteligência é a capacidade que o ser humano tem de raciocinar, pensar, interpretar, compreender e adquirir conhecimento.

 Enquanto que Emoção é uma reação de intensidade forte ou fraca que temos referente à um estímulo que é gerado por uma situação, ambiente ou contexto.

Isso significa que, inteligência emocional é um conjunto de conhecimentos que utilizamos para processar uma emoção.

 Por exemplo, você passa por várias coisas no dia a dia, a inteligência emocional consiste em como você consegue processar e reagir a essas “várias coisas” que acontecem.

  Sendo assim, respondendo de maneira adequada à determinada situação, e quando digo “adequada” é sobre não causar conflitos e dores, um dos caminhos é o autoconhecimento.

Dentro da inteligência emocional existem 5 competências principais que nos ajudam a identificar como desenvolvê-la. São elas:

Autopercepção

Refere-se à relação que você tem consigo mesmo. Identificar quais são suas respostas naturais e instintivas à determinados estímulos, e os “porquês” de isso acontecer tão intensamente ou mais retraído.

Isso tem como objetivo perceber os gatilhos de descontrole e aprender a contorná-los.

Autocontrole

É a ação de postergar ou anular um desejo/reação irracional. Por isso ouvimos o conceito de “válvula de escape”, que são aqueles momentos em que você pode descarregar energias negativas acumuladas.

Quando isso ocorre de maneira saudável, é possível ter o controle em situações de stress.

Automotivação

São pequenos ou grandes projetos que combinados com planejamentos, você consegue executar de maneira efetiva.

 Parece bem simples, mas não é bem assim, é legal identificar coisas que são importantes para VOCÊ e não para a sociedade. Planeje e execute!

Aptidão Social

É sobre entender o outro, e não compreender.

 Ao entender o outro, você se coloca num cenário separado dele, olhando de fora é possível perceber que alguns movimentos não dizem respeito a relação de vocês e sim a conflitos internos.

 Isso é a capacidade de interagir em sociedade e perceber que nem tudo é sobre você, as vezes é só dele mesmo, e tudo bem.

 Fazer essa separação de contexto com o outro é fundamental para controlar suas emoções.

Empatia

A capacidade de se colocar no lugar do outro, aí já é um pouco diferente do conceito de cima. Ter jogo de cintura é importante!

 O que não significa que você vai sentir o mesmo que a outra pessoa sente, mas identificar que o outro tem suas vivências, culturas, contexto social e uma realidade diferente da sua é importante para praticar a empatia.

 Sendo Aptidão social ou empatia, a base sempre será RESPEITO.

Esse conjunto de competências pode ser desenvolvido através de autoconhecimento, no qual você identifica seus pontos de limitação, pontos fortes, os seus comportamentos prejudiciais ou motivadores, os relacionamentos interpessoais, e assim os pontos de evolução ou os que devem continuar.

E como faz para ter autoconhecimento, não é mesmo?

 Cada um descobre de um jeito, tem que ir tentando, tem gente que faz psicoterapia, outros exercícios de coach, outros meditam, outros conversam com amigos, com o gestor, uns fazem cursos de identificação de perfil, enfim o importante e tentar fazer esse exercício, tudo pode agregar.

Claro que isso não é uma fórmula, ou o único caminho para desenvolvimento de inteligência emocional. Até porque é uma prática que exige tempo, dedicação, saúde mental, e muito autoconhecimento.

 Inteligência emocional diz respeito mais sobre você, e como você lida com as questões da sua vida, do que o outro. Claro que existe toda a influência da vivência cultural e social na qual você foi submetido, mas isso é discussão para outros artigos.

 Tendo a oportunidade, essa é uma competência que vale o esforço para ser desenvolvida, pois afeta em todo seu ciclo de vida, não só o profissional.

Vale ressaltar também que por traz de tudo isso existe a saúde mental, que deve ser cuidada com olhares mais atentos, antes de tentar desenvolver qualquer uma dessas competências ditas importantes para o cenário profissional.

 Ter saúde é fundamental para ter força mínima, para aí sim ir atrás de desenvolver esse arsenal de competências. As vezes o ponto não é a inteligência emocional em si, podem ser doenças psíquicas reais que devem ser tratadas de outras formas.

 É importante ter atenção.

O mais legal de tudo isso, e o que de fato você pode refletir, é sobre investir mais tempo em VOCÊ, cuidar de você, identificar questões suas com o mundo.

 Além disso, perder cada vez menos tempo com as questões dos outros, porque você não tem poder de mudar o outro, mas sim o poder de identificar e modificar como você lida com as reações do outro.

Vale lembrar que a base de tudo que está nesse artigo é o estilo de vida, ter comportamentos que ajudem a ativação do cérebro, emissão de hormônios, e a rotina saudável, favorecendo o desenvolvimento da inteligência emocional.

 Isso te ajuda a desenvolver a habilidade de gerir conflitos de forma mais racional e consciente, e não tanto pela emoção.

 Um estilo de vida saudável favorece o desenvolvimento equilibrado da gestão das suas emoções, e consequentemente vem a inteligência emocional, que nada mais é como você lida com os conflitos diários que enfrenta.

 O que não significa que às vezes não irá acontecer o desequilíbrio, afinal estamos em constante evolução, aprendendo a cada momento com diferentes pessoas e situações, é só começar de novo e identificar novos pontos que precisam ser trabalhados.

Sobre a autora

Jennifer Simon é formada em Administração de empresas pela Universidade Estadual de Maringá. Faz parte do time do comercial de IT Services, atuando com ênfase em prospecção de empresas de médio e grande porte. Interessada em assunto que envolvem gestão de time, e cultura organizacional, focando sempre em pessoas.

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