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Startup Weekend Maringá Women

Minha experiência na 1ª StartupWeekend Maringá Women

Nos dias 30, 31/08 e 01/09 aconteceu no Sebrae de Maringá, o 1º StartupWeekend Women impulsionado pela Techstars, com apoio do Google for Startups, da .CO e dos patrocinadores locais. Esse evento foi voltado para a imersão do público feminino no ecossistema de inovação e empreendedorismo e gente, foi demais! 

Agora você pode ouvir esse artigo! Aproveite o player abaixo para conferir a leitura do conteúdo:

Antes de eu te contar como foi minha experiência, vamos falar um pouco de história: 

A Techstars é uma empresa de aceleração de startups que surgiu há cerca de 10 anos no Colorado/EUA. Ela, junto com seus parceiros, promove internacionalmente eventos como o StartupDigest, StartupWeek e StartupWeekend. No final de semana, outras 26 cidades do Brasil e do mundo também estavam sediando esses eventos. 

O modelo do evento StartupWeekend é simples: qualquer participante pode expor a sua ideia de startup e receber feedbacks dos outros participantes. Há uma votação e as equipes são formadas em torno das melhores ideias; a partir dessa formação, há cerca de 54 horas para a criação do modelo de negócio, validação, programação e design. O evento termina com o julgamento das equipes e a premiação dos melhores projetos. A ideia do StartupWeekend Women, é que ao menos 75% dos participantes sejam do sexo feminino; aqui em Maringá, esse número atingiu 90% dos participantes! #uhullmulherada 

O que eu aprendi lá? 

Projeto sendo feito durante o Startup Weekend Maringá Women
Fotos do evento que foram cedidas pela Gabriela Vivan e pela Luísa Marchiori. 

1) Momento de reflexão. 

Como o evento não era exclusivo para TI, tínhamos participantes de diversas áreas: nutrição, psicologia, arquitetura, direito, comércio, enfim. E foi nesse contato direto com esses profissionais, que eu percebi alguns de seus desafios, anseios e notei que há muitos GAP’s no mercado que ainda não havia observado. 

Sério mesmo. Há áreas muito carentes de atenção, principalmente áreas onde as pessoas não “nasceram com o DNA de TI”. Áreas como a da terceira idade ou adultos da geração analógica; a área de segurança para algum público específico (mulheres, LGBT’s) e soluções menos robustas para pequenos comércios que querem se modernizar. 

Ouvi diversos relatos de participantes que não usam alguns softwares populares por sentirem dificuldades no uso; pôr os considerarem lentos e por não sentirem uma conexão pessoal com o aplicativo/sistema. Foi comentado também a questão da complexidade de alguns aplicativos/sistemas devido as muitas funcionalidades que eles possuem e até o custo dessas soluções. 

Os motivos citados acima me fizeram pensar: Será que nós como profissionais de TI, estamos pensando na usabilidade do nosso produto? Em realmente satisfazer nosso cliente final e não apenas o nosso cliente-empresa? Será que estamos fazendo com que a tecnologia seja mesmo um aliado e não um inimigo? #reflita. 

Leia mais sobre User Experience (UX), Usabilidade e Acessibilidade em desenvolvimento de software. 

Leia mais sobre a geração analógica e os seus desafios. 

Startup Weekend Maringá Women
Fotos do evento que foram cedidas pela Gabriela Vivan e pela Luísa Marchiori. 

2) Um profissional de TI precisa muito desenvolver Soft Skills. 

Para quem não reconhece o termo Soft Skills, ele se refere as competências comportamentais; já o termo Hard Skills são as chamadas competências técnicas. Você pode ser um profissional excelente, mas sempre – repito, sempre – vai ter uma habilidade que você precisa aprender ou melhorar.  

No caso de TI, as habilidades não técnicas são essenciais para alcançar o melhor resultado possível. Habilidades de negociação, comunicação efetiva (sabendo explicar claramente termos técnicos para um público que geralmente não é seu público); inteligência emocional, autonomia, resiliência e um dos pilares de qualquer bom trabalho: a capacidade de saber trabalhar em equipe.  

Reconheço que falhei em alguns momentos, exatamente por ter lidado com cenário que não estou habituada, mas errar faz parte e reconhecer os erros servem para nos mostrar o que podemos melhorar. Então, não desenvolva apenas seu lado técnico; seja curioso para assuntos de “humanas” também! 😛 

Leia mais sobre as habilidades não técnicas

Startup Weekend Maringá Women
Fotos do evento que foram cedidas pela Gabriela Vivan e pela Luísa Marchiori. 

3) E aquele famoso networking, como faz? 

Uma das minhas colegas de equipe disse que nesses eventos você se redescobre. Você percebe seus limites, o que você não abre mão na hora de fazer um trabalho e o que você releva e negocia. Admito que fazer novas amizades cara a cara “não é meu forte”, mas ir foi a oportunidade de conhecer pessoas tão sensacionais, que fico feliz só de lembrar delas. Profissionais, engraçadas, dedicadas, parceiras mesmo. Só que eu quero te dizer que isso pode não acontecer contigo e tá tudo bem! 

As vezes participamos de eventos tão preocupados “fazer contatos”, que nos esquecemos de aproveitar o evento de verdade e de dar a devida atenção a quem realmente pode agregar algo em nossa vida ou carreira. Então assim: Participe dos eventos com a mente aberta, sendo você mesmo, reconhecendo seus limites, se desafiando e tendo disposição para aprender. Dessa forma, tenho certeza de que você vai aproveitar o máximo que conseguir! 

Fotos do evento que foram cedidas pela Gabriela Vivan e pela Luísa Marchiori. 

Conclusão: 

A comunidade tem muito a oferecer para todos nós, então se você tiver a oportunidade de participar de um evento assim, participe! Você enxerga visões diferentes do mundo e isso te torna um profissional melhor, mas principalmente, uma pessoa melhor. Deixo aqui meus parabéns a organização do evento! Tudo foi muito organizado, eles souberam lidar bem com os imprevistos e a escolha dos parceiros também foi “massa”, conforme dizia a Eveline Pontual, nossa mediadora. 

Sobre a autora

Natalia atua na área de Testes e Qualidade de Software há mais de 8 anos. Graduada em Análise e Desenvolvimento de Sistemas pelo Centro Universitário Univel, com especialização em Gestão de Projetos e em Negócios Digitais pela Universidade Positivo; certificada CTFL pelo ISTQB. Atualmente faz parte da equipe DB1 Global Software, uma empresa do DB1 Group, atuando Analista de Testes.

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