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O que é a Certificação UX-PM e como ela funciona
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Primeiramente, acredito que seja interessante frisar que o assunto User Experience já foi abordado aqui no blog. Você, que está acompanhando esta publicação, pode conhecer mais sobre esse termo clicando aqui para conhecer a seção de User Experience de nosso blog. Assim você pode ficar por dentro desse assunto e saber qual a importância de se pensar na experiência do usuário desde as primeiras etapas da concepção de um produto. Afinal, se estamos projetando algo para os usuários, não faz sentido deixarmos de lado suas expectativas e necessidades sobre aquilo que vamos oferecê-los.
Com a premissa de difundir a cultura da experiência do usuário, demonstrar a importância de se adotar as metodologias de UX nos projetos desenvolvidos e encorajar a adoção do design centrado no usuário dentro das empresas – tudo isso de maneira bastante democrática e objetiva – a equipe da empresa Mercedes Sanchez User Experience Research (MS|UX) passou a oferecer no Brasil a certificação emitida e reconhecida internacionalmente pelo grupo UXalliance. Ela é uma rede global de empresas que atuam especificamente na área de Experiência do Usuário, oferecendo serviços de pesquisa com usuários, testes de usabilidade e demais técnicas e metodologias abrangidas em UX.
Os 3 níveis da certificação UX-PM
Essa certificação, na verdade, consiste num total de três níveis (cada nível desses oferece uma certificação correspondente):
- Nível 1 – Adotando UX: oferece o entendimento do que realmente é UX, orienta a como selecionar as metodologias de UX mais adequadas e como encorajar o design centrado no usuário dentro das empresas.
- Nível 2 – Executando UX: fornece um conhecimento teórico e prático sobre como integrar as ferramentas e metodologias de UX nos projetos para atingir os objetivos do negócio e as demandas de mercado.
- Nível 3 – Liderando UX: demonstra como integrar as atividades de UX na estratégia dos projetos, como criar uma equipe de UX e como definir métricas e KPIs para medir o impacto da Experiência do Usuário em um projeto.
Como estudar para a certificação UX-PM
O processo dessa certificação envolve um treinamento prévio de dois dias, que capacita os candidatos a realizarem a avaliação. São dois dias bastante intensos, onde é abordada uma quantidade grande de conteúdo, com material próprio fornecido pela empresa, onde também são realizadas algumas atividades práticas.
O principal objetivo desse treinamento não é tornar os participantes especialistas em UX, até porque isso é algo que exige muito estudo e muita prática – o que é inviável em dois dias. O que o treinamento visa, de fato, é oferecer aos participantes uma abordagem sintetizada e um panorama geral de todas as técnicas e metodologias, e a partir disso torná-los capazes de demonstrar em seus locais de trabalho qual a importância de se implementar essas práticas, qual o retorno que isso pode trazer para a empresa que desenvolve produtos e poder engajar todas as pessoas envolvidas no processo de desenvolvimento. Afinal, experiência do usuário não é responsabilidade apenas dos designers, mas do time como um todo.
Não há qualquer requisito para tirar as certificações, exceto o de que uma certificação mais avançada (nível 2 ou 3) exige que o participante tenha a certificação de nível imediatamente anterior – até existe a possibilidade de tirar diretamente uma certificação mais avançada, mas exige que o candidato passe por uma entrevista de nivelamento, para garantir que ele possui o conhecimento equivalente aos níveis que está pulando.
Além do mais, essa certificação é bastante democrática porque é aberta a qualquer profissional, de qualquer área de atuação, incluindo quem trabalha com serviços, produtos, Tecnologia da Informação, Marketing, Business Intelligence, Inovação, Qualidade, RH, Atendimento, Engenharia e qualquer outra atividade cujo foco de atuação envolva criar experiências de uso para pessoas.
Um fato interessante, portanto, é ver a participação não somente de pessoas que atuem na ponta do processo de construção dos produtos e serviços, mas também de pessoas que ocupem cargos mais elevados numa hierarquia organizacional, como gestores e gerentes.
Isso significa, em primeiro lugar, que as empresas estão cada vez mais enxergando valor em oferecer grandes experiências para seus clientes e consumidores. Em segundo lugar, isso representa uma espécie de “atalho” na adoção das metodologias de UX nos projetos, pois boa parte do processo de disseminação da cultura da experiência do usuário envolve bastante esforço em demonstrar sua importância e o seu valor de retorno para quem gerencia os projetos nas empresas. E ter gestores e gerentes participando do treinamento pode tornar a disseminação da cultura centrada no usuário em uma tarefa um pouco mais fácil.
Essa certificação também é importante para que as empresas – por meio dos participantes que as representam – entendam como é o processo ideal de UX e saibam como integrá-lo em sua metodologia de trabalho, apoiando assim a atuação dos profissionais que já fazem – e dos que venham a fazer – parte da empresa. Sendo assim, a adoção dessa certificação nos locais de trabalho dos profissionais está relacionada também com a capacidade da própria empresa de compreender quais são os métodos e ferramentas utilizados no conceito de UX e entender a importância deles, no que se refere inclusive aos retornos e benefícios que esse processo pode oferecer.
Conclusão
Oferecer grandes experiências, as quais se adequem às necessidades dos usuários (ao contrário do que ocorria anos atrás, quando os usuários é que tinham que se adaptar à utilização dos produtos e serviços) é o caminho a ser seguido por todas as empresas que desejem alcançar a satisfação de seus clientes e usuários, e ações como a certificação apresentada neste post são fundamentais para ajudar a disseminar cada vez mais essa cultura dentro das empresas.
Sobre o autor
Graduado em Artes Visuais pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Rodrigo Moraes atua como designer desde 2010, tendo passado por empresas de diversos segmentos – como agências digitais, universidades, órgãos governamentais e empresas de tecnologia da informação propriamente. Na DB1, trabalha como analista de UX – atualmente na unidade TechGov. Tem muito interesse por tecnologia e sobre como ela pode impactar positivamente a vida das pessoas
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