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Certificação CTFL-AT, Agile

Certificação CTFL – AT : Um degrau a mais

Você conhece a certificação CTFL-AT? Se você é um profissional de teste e tem interesse em Agile, com certeza essa certificação é um ótimo investimento para sua carreira!

Neste artigo, vamos falar sobre a extensão Agile Tester da certificação CTFL, a CTFL-AT!

Confira:

  • O que é a CTFL-AT
  • Diferencial do testador ágil
  • A importância da automação de testes
  • Como estudar para a certificação CTFL-AT

Este é um artigo escrito em conjunto pelos Analistas de Testes Beatriz Makiyama, Andressa Pilar e Alexandre Schossler. Esperamos que goste!

O que é a CTFL-AT (Certified Tester Foundation Level – Agile Tester)

Em 2014, foi criada a certificação CTFL-AT (Certified Tester Foundation Level – Agile Tester extension), pelo ISTQB (International Software Testing Qualification Board).

Essa certificação foi baseada na discussão sobre Manifesto Ágil.

O ISTQB disponibilizou o exame que estende a certificação tradicional CTFL (Certified Testing Foundation Level).

A CTFL-AT é específica para o papel de teste e QA em ambientes ágeis, vindo ao encontro de um dos princípios do Manifesto Ágil: o valor de Indivíduos e Interações sobre Processos e Ferramentas.

Na DB1, trabalhamos com metodologias ágeis, na maioria dos times. Com isso, sentimos a necessidade de nos fundamentar e estudar o papel de um Agile Tester para atuarmos dentro desses times.

Com esse exame, podemos compreender como os projetos ágeis são organizados, aprender práticas de desenvolvimento frequentemente aplicadas, as diferenças entre abordagem ágil e tradicional e ferramentas de teste normalmente utilizadas.

É possível entender também os princípios fundamentais de testes ágeis, práticas e habilidades necessárias para se destacar em ambientes ágeis, como maneiras de estimar, organizar e aplicar testes baseados em risco em projetos ágeis. Por meio deste estudo, conseguimos também complementar o vocabulário com termos originados do Scrum, XP (eXtreme Programming e Kanban).

Adquirimos, portanto, o conhecimento essencial para a formação de um testador ágil que será cada vez mais requisitado pelas empresas.

Diferenças entre testador tradicional  X testador ágil

Vamos descrever brevemente as diferenças entre as duas metodologias.

No projeto por fases (tradicional), a fase de testes só é iniciada depois do desenvolvimento ter sido concluído. Com isso, a fase de testes acaba sendo diminuída e há uma outra fase antes da entrega: a fase de “Testar-Reportar Bug-Corrigir-Retestar”, que algumas vezes acaba consumindo um tempo além do planejado inicialmente para os testes.

Em um ambiente ágil os testadores trabalham a cada iteração em conjunto com o time e testam a funcionalidade, requisito ou regra mesmo estes estando em desenvolvimento.

projeto waterfall

Projeto Agile

Fonte: Blog adaptworks

 

As estórias de usuário e critérios de aceite só serão considerados como entregue após serem testados, com seus bugs reportados, corrigidos e retestados, indo ao encontro da definição de pronto.

Um pouco mais sobre Agile Testing: Manifesto dos Testes (The Testing Manifesto)

Seguindo o Manifesto Ágil, o growingagile criou uma versão também de manifesto, o Manifesto dos Testes:

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Os itens desse manifesto são:

Testar continuamente MAIS QUE testar somente no final

Quanto antes os testes forem iniciados, antes os defeitos serão descobertos, o custo do defeito poderá ser bem menor do que se encontrado nas fases posteriores do teste, ou ainda pior, se descoberto em fase de produção.

Prevenir bugs MAIS QUE encontrar bugs

Seguindo a ideia do item anterior, quando os defeitos ou bugs são descobertos nas primeiras fases do teste, consegue-se prevenir que algo mais crítico ocorra em fase de produção, trazendo assim ganho tanto no custo, quanto na velocidade da elaboração do software.

Entender o teste MAIS QUE checar a funcionalidade

É necessário ter um entendimento da funcionalidade:

  • Esboçando cenários;
  • Criando ideias de teste;
  • Pensando em fluxos alternativos e de exceção das regras de negócio;
  • Realizar testes de performance, de carga ou de estresse no sistema;
  • Usar diferentes tipos e técnicas de teste para auxiliar na qualidade do produto e possivelmente gerar valor ao cliente;
  • Não é aconselhável apenas checar a funcionalidade, mostrando que ela funciona, deve-se também fazer testes para mostrar que a funcionalidade não funciona:
    • Faz o que não deve fazer;
    • Não faz o que deve fazer.
  • Dessa maneira é possível ter um melhor entendimento do sistema

Construir o melhor sistema MAIS QUE quebrar o sistema

Indo contra ao que a maioria acha, o testador não pode e não deve apenas pensar em quebrar o sistema, ele deve ter a mentalidade de que ao se encontrar um defeito, ele estará contribuindo para um melhor software que possivelmente trará um valor maior a quem for usá-lo.

Time responsável pela qualidade MAIS QUE responsabilidade do testador

O testador precisa informar para que o time compreenda que a responsabilidade sobre a qualidade de um produto é de todo o time, e não somente do testador.

O testador faz a verificação e validação a qualidade do produto que será entregue, porém quem garante a qualidade é o time como um todo, assim, dessa maneira, como o software é uma criação de todo o time, a responsabilidade sobre a qualidade também acaba sendo.

Automação: Por que não?

Em ambientes ágeis, a automação de testes torna-se imprescindível, uma vez que ela é considerada o núcleo do Agile Testing.

Apesar do teste manual de software permitir encontrar vários erros em uma aplicação, esse é um trabalho maçante e que demanda um grande esforço e tempo. Ao criarmos scripts automatizados de testes um grande número de casos de teste podem ser validados rapidamente, repetidos a qualquer momento e com pouco esforço.

A automação torna-se mais evidente para os casos de softwares que possuem longa vida no mercado.

Dessa maneira reduzimos o envolvimento em atividades manuais repetitivas, podendo focar nossa atenção na elaboração e execução de testes exploratórios em casos mais complexos ainda não inexplorados ou não pensados.

Vale a pena certificar em CTFL-AT?

A certificação agregou muito para nós. Com certeza, foi de grande valia.

Primeiramente, por nos ajudar a entender melhor o nosso papel. Também, podemos compreender e aprender melhores formas de se trabalhar dentro dos times.

Para quem já está ambientado em times ágeis, o estudo auxiliará nas cerimônias e práticas de um agile tester nesse contexto.

Sobre a certificação

A prova é composta por 40 questões múltipla escolha, com o tempo de 1 hora.

É bem semelhante a certificação CTFL.

Para poder fazer o exame, é necessário ter a CTFL primeiro.

Materiais que indicamos para estudo

Para a prova é muito importante:

Para complementar os estudos, realizamos 3 simulados:

E também estudamos um Mapa Mental – Exame de Certificação CTFL-AT. Esse mapa mental encontra-se disponível aqui. 

Dicas

  • Fique atento no calendário de inscrição e realização da prova.
  • Leia atentamente o guia do candidato.
  • Em caso de dúvidas sobre essa e outras certificações de teste, entre em contato pelo email do Comitê de Testes (comitedetestes@db1group.com) ou com os membros do Comitê de Testes:
    • Alexandre Schossler (alexandre.schossler@db1group.com)​
    • Andressa Pilar (andressa.pilar@db1group.com)​
    • Beatriz Makiyama (beatriz.makiyama@db1group.com)​
    • Narayane Luvizutto Teixeira (narayane.teixeira@db1group.com)​
    • Robson Cachoeira (robson.cachoeira@db1group.com)
  • Se possível, crie um grupo de estudos com as pessoas interessadas em tirar a certificação.

Referências

Manifesto ágil

ISTQB – International Software Testing Qualifications Board

CTFL-AT (Agile Testing): O Valor de Indivíduos e Interações sobre Processos e Ferramentas

Iterasys – Preparatório CTFL-AT

TI.exames – Preparatório para Certificação ISTQB Foundation Agile Tester Extension

A Origem do Agile Testing

BSTQB – Sobre a CTFL-AT

BSTQB – Syllabus CTFL-AT em PDF

Mapa Mental – Exame de Certificação CTFL-AT

Café com Teste – O Manifesto dos Testes

Growing Agile – The Testing Manifesto

 

 

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