Muitas vezes, em nossa trajetória profissional, precisamos lidar com a possibilidade da transição de carreira. Nem sempre…
7 Dicas práticas para superar medos e ansiedade
Este artigo foi transcrito a partir da live “Como lidar com o medo”, apresentada pelas psicólogas Nathália Silva e Camila Innecco.
O que é medo para você? O medo é uma das principais emoções do ser humano, e embora tenha uma forte carga de tabu, nem sempre o medo é negativo.
É comum que você sinta vergonha de dizer “estou com medo”, talvez por acreditar que isso exponha uma fragilidade. Porém, essa emoção é natural e também nos ajuda a nos deixar protegidos de ameaças. O fato é que existem vários tipos de medo, e é preciso conhece-los.
O medo se apresenta de formas diferentes, principalmente na natureza: quando a lagartixa se sente ameaçada, ela desprende sua cauda. Quando o leão se sente ameaçado, ele entra em uma postura de ataque. É um instinto de sobrevivência.
Em momentos de incerteza e insegurança, o medo se faz presente, e se conecta também com a parte física. Isso pode impactar em concentração, produtividade e na saúde, mas é possível evitar que a emoção evolua para estes quadros.
Está tudo bem em sentir medo, mas é preciso entende-lo
Se o medo é uma emoção que veio desde os primórdios, para que ele serve? O medo é como um radar ou um indicador de que algo precisa da nossa atenção. E o que fazer com esse indicador?
Se você está na estrada e sabe que há um buraco à frente, você sabe que precisa parar e pensar sobre como contornar esse obstáculo. Da mesma forma, precisamos enxergar o medo como um indicador que nos ajuda a ter prudência e planejar modos de enfrentar uma situação.
Por isso, a sugerimos que:
Pare e observe a razão do medo
O que esse medo está querendo te dizer? Qual é a situação que está à sua frente, e como pode lidar com ela?
O medo sempre tem uma origem. Pode ser de algo concreto, algo grande, ou pode ser algo imaginário – não tão palpável. Por exemplo, ao sentir medo que as pessoas pensem mal de você, isso não impacta diretamente na sua sobrevivência, porém está ligado a uma necessidade sua.
Entenda a intensidade do medo, e não hesite em procurar ajuda
É importante identificar também até que ponto o seu medo é saudável ou patológico. Se existem muitas reações físicas, isso é um alerta para pedir ajuda.
Claro, você não precisa estar num estado patológico para procurar apoio, mas no momento em que você notar que não consegue se perceber, se auto controlar e se auto acalmar, entenda seus limites e levante a mão. A ajuda profissional é indispensável.
Cuidado com o processo de negação
Em um cenário de incertezas, em que o medo é natural, a negação pode surgir como uma defesa. Essa negação pode gerar riscos, pois evita que você se prepare e aja com prudência, mantendo também o seu equilíbrio emocional.
Por isso, não se force a ser um super-herói. Permita que as suas emoções se manifestem, expresse elas com pessoas que te trazem conforto e não se deixe negligenciar.
Pratique a empatia
Mesmo em cenários difíceis, sempre existirão pessoas que lidam bem. Cada pessoa percebe e reage às situações de uma forma diferente.
Por isso, observe suas relações: se você está se sentindo bem e existem pessoas com desespero no seu convívio, é necessário ter paciência. Se é você quem está com muito medo e convive com pessoas que lidam mais tranquilamente, é preciso respirar fundo e entender que o outro não olha o cenário da mesma forma.
Dicas para lidar com o medo
Como falamos acima, cada pessoa lida com o medo de uma forma diferente. Por isso, talvez nem todas as dicas funcionem para você, pois também dependem do seu contexto. Confira e destaque as suas favoritas para a sua rotina:
1 – Faça uma auto-observação
Essa dica reforça o que já foi dito no início do artigo, mas é indispensável. Sem aprender com o seu medo, ter o controle dele será mais desafiador.
2 – Use a criatividade para encontrar ferramentas que te ajudem
Quando falamos de ferramentas, estamos falando de literalmente qualquer coisa que te ajude a lidar com a emoção. Uma meditação, um hobbie, uma música… use tudo o que estiver ao seu alcance e fizer sentido para você!
3 – Anote tudo o que está sob controle
Diante do medo, nos esquecemos o que ainda está sob controle. Pare, pense e liste o que está sob o seu controle, mesmo que seja mínimo. Por exemplo, você pode anotar qual será seu cardápio da semana, o que fará amanhã, quais atividades fará ao passar tempo com seus filhos. Enumere tudo!
4 – Tenha cuidado com as notícias
As notícias correm muito rápido, de diversos canais e diversas fontes. Procure se manter atualizado de uma forma saudável. Se for preciso, limite as notícias que verá no dia, selecione os canais e notifique seus parentes e amigos sobre os assuntos que prefere não saber. Informações precisam agregar, não trazer ansiedade.
5 – Pratique a meditação
O estado meditativo é o que traz a gente para o momento presente. Ela não é exclusiva de monges, e nem envolve horas de imobilização completa. Mesmo que você seja uma pessoa agitada, a meditação é uma questão de prática e traz diversos benefícios: reduz os batimentos cardíacos e retoma o corpo para um estado de equilíbrio.
Tire um momento para respirar profundamente em uma posição confortável. A respiração ideal para relaxar é a diafragmática: não é o tórax que se expande, mas sim a barriga. Não precisa se forçar a não pensar em nada: basta entender que o pensamento está ali, e deixa-lo passar. Existem diversas meditações guiadas até mesmo no YouTube, experimente.
6 – Procure exercícios físicos que te tragam um estado contemplativo
O estado contemplativo é quando você observa o que está ao seu redor. Ele te ajuda a ressignificar o medo. Alguns exercícios que despertam esse estado são a caminhada e o yoga.
O yoga, em especial, é ótimo para descobrir seus limites e adquirir controle sobre sua postura – não só no sentido de coluna ereta, mas toda a posição do seu corpo diante de diferentes situações. Por exemplo: ao sentir raiva, é comum que seu corpo se contraia. O yoga te ajuda a ter consciência dessa resposta do corpo e revertê-la, trabalhando emoções e corpo físico.
7 – Experimente escrever
Coloque em um papel seus planos, ideias, principais sentimentos do dia… Tudo isso pode te ajudar a trazer um pouco mais do seu lado racional, organizar pensamentos e entender plenamente seus sentimentos.
Se você for uma pessoa mais introspectiva e não gostar da ideia de conversar com alguém, a escrita pode ser uma excelente saída, pois possibilita que você “converse com si mesmo”.
Conclusão
Aqui, você conferiu dicas deixadas pelas psicólogas Nathália Silva e Camila Innecco para lidar com o medo. Esperamos que agora você se sinta mais confiante para entender suas emoções e planejar formas de ressignificá-las.
Sobre as dicas, vale lembrar que as ferramentas são infinitas de acordo com sua criatividade! Você pode optar pelo mindfullness, musicoterapia, pilates, etc. Escolha o que te desperta mais identificação.
Todas as dicas aqui foram pensadas com bastante carinho, e selecionadas com o critério de não ter nenhuma contraindicação.
Esse conteúdo faz parte da série Movimento You Matter: uma série de lives feitas por colaboradores da DB1 para melhorar a qualidade de vida. Aqui no blog, você encontra outros conteúdos dessa série, é só buscar “Movimento You Matter” na barra de busca!
Fique bem, e até a próxima!
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